28-04-2021 - Em um anúncio que fez história na sexta-feira, 16 de abril de 2021, a NASA anunciou que havia escolhido a SpaceX para desenvolver a primeira espaconave (Lunar lander) com o objetivo de devolver os humanos à superfície da Lua desde que o programa Apollo terminou há quase 50 anos em 1972. A SpaceX, de Elon Musk, superou a “National Team” de Jeff Bezos (uma colaboração da Blue Origin, Lockheed Martin, Northrop Grummaz e Draper) e a Dynetics, de propriedade da Leidos, e levou o contrato avaliado em $2,89 bilhões, cobrindo o custo de desenvolvimento da espaconave e um voo de demonstração. Ela representa a “Opção A” da NASA em seu programa Human Landing Systems (HLS), em si um componente-chave do Programa Artemis que pretende pousar a primeira mulher e a primeira pessoa de cor na Lua. A NASA selecionou as três empresas no ano passado para iniciar o desenvolvimento de seus respectivos conceitos de lander com US$967 milhões em prêmios e contratos de 10 meses, a fim de preservar a concorrência no programa. A SpaceX tinha oferecido uma versão lunar especializada de sua nave espacial reutilizável atualmente em desenvolvimento em Boca Chica, no sul do Texas, enquanto os conceitos da Blue Origin e da Dynetics se assemelhavam mais às aterrissagens multiestágio da era Apollo. A nave lunar reabasteceria na órbita terrestre baixa antes de continuar para a Lua a fim de se encontrar com uma tripulação do Orion lançada pelo SLS para transportá-los até a superfície lunar. Esperava-se que a NASA selecionasse 2 dessas 3 empresas em sua prática estabelecida de garantir a concorrência e redundância de opções para seus principais programas, exemplos dos quais incluem missões de reabastecimento de carga ISS atendidas por foguetes como Falcon 9s e Antares, enquanto as missões da tripulação ISS são realizadas pelo sistema Falcon 9 Dragon e o sistema Atlas 5 e Boeing Starliner em operação. No entanto, em uma das maiores surpresas de contratação da NASA na memória recente, a NASA selecionou a SpaceX, e apenas a SpaceX, para prosseguir com a fase da Opção A do programa. Uma evidente falta de financiamento do Congresso pareceu forçar a NASA a seguir esse caminho. A declaração de seleção de fonte oficial da NASA afirmou que inicialmente o orçamento fiscal do ano da agência não suportava nem mesmo um prêmio da Opção A, e uma revisão do cronograma de pagamento do marco foi necessária com a empresa que exibiu as maiores competências técnicas e de gestão e o menor preço inicialmente proposto – a SpaceX. A declaração de seleção de fonte da NASA também esclareceu que a oferta da SpaceX estava muito abaixo da Blue Origin e ainda mais abaixo da Dynetics. A SpaceX foi selecionada condicionalmente em 2 de abril, e a decisão foi oficializada depois que a SpaceX apresentou propostas revisadas em 7 de abril, de acordo com o comunicado. Mais do que apenas considerações de preço, o prêmio também representa a maior colocação de confiança na SpaceX pela NASA até agora, e certamente a maior desde que a agência selecionou o Crew Dragon da SpaceX para devolver as capacidades de voo espacial humano para solo americano cerca de 9 anos depois do fim do Programa Shuttle. O pouso de tripulações humanas na Lua é uma das práticas mais complexas e delicadas em voos espaciais, e confiar em uma única solução para esse objetivo no programa Artemis representa um risco significativo caso o programa da nave estelar encontre atrasos ou contratempos significativos. Assumir esse risco com a SpaceX mostra que a relação com a NASA e a empresa pioneira de foguetes de Elon Musk está mais forte do que nunca. O desenvolvimento e os testes do projeto da nave espacial Starship continuam em Boca Chica, no campo de testes da SpaceX no Texas, apelidado de Starbase. O mais recentemente observado foi o movimento e a preparação inicial de três motores Raptor para uso com o número de série do protótipo da nave estelar (Serial Number - SN) 15, ou SN15. As atualizações relativas aos próximos voos de teste, TFRs, NOTAMs e fechamentos de estradas serão relatadas e arquivadas conforme elas ocorram. Por: Nicholas D’Alessandro Traduzido por: Maria Luisa de Souza Ribeiro ( Junior Bilingual Correspondent ).
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19-04-2021 - A NASA está trabalhando em soluções para as necessidades de navegação e comunicação de exploradores humanos para o seu programa Artemis que retornara humanos a Lua. Espera-se que a exploração lunar humana exija uma abordagem variada e uma combinação de ciências para apoiar e sustentar a exploração lunar. Navegação óptica, navegação global via satélite, navegação autônoma e navegação LunaNet são apenas alguns exemplos. “Artemis nos motiva a aplicar soluções criativas de navegação, escolhendo a combinação certa de recursos para cada missão”, disse Cheryl Gramling (Chefe Associada de Tecnologia na Divisão de Engenharia de Missão e Análise de Sistemas do Goddard Space Flight Center em Greenbelt, Maryland) em um comunicado à imprensa da agência. “A NASA tem uma infinidade de ferramentas de navegação à sua disposição, e Goddard tem meio século de experiência em missões de exploração espacial em órbita lunar”. ![]() O Lunar Orbiter Laser Altimeter (LOLA) a bordo do Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) envia pulsos de laser da espaçonave em órbita para a superfície da Lua. Esses pulsos ricocheteiam na Lua e retornam ao LRO, providenciando aos cientistas medições da distância da espaçonave à superfície lunar. Enquanto o LRO orbita a Lua, o LOLA mede a forma da superfície lunar, que inclui informações sobre as elevações e inclinações da superfície da Lua. Esta imagem mostra as encostas encontradas perto do Polo Sul da Lua. Legenda e crédito da imagem: NASA/LRO. A NASA tem um catálogo robusto de ferramentas de navegação desenvolvidas por meio de toda a experiência da agência em exploração espacial ao longo do século passado. Uma das técnicas envolve uma espaçonave, como a Lunar Reconnaissance Orbiter, enviando um pulso de laser à superfície da Lua e medindo quanto tempo leva para retornar. Outro método pode envolver confiar em imagens de câmeras para navegação óptica. Uma espaçonave próxima à superfície poderia usar um programa de processamento de computador, como o Terrain Relative Navigation (que foi usado durante a aterrisagem do Perseverance Mars rover), para identificar características e calcular sua localização e curso baseado em fotos de referência. Além disso, a NASA disse que está desenvolvendo recursos para permitir que as missões lunares aproveitem os sinais (embora sejam muito fracos) das constelações do sistema de posição global centrado na Terra. Um exemplo disso, disse a agência, é o Lunar GNSS Receiver Experiment, ou LuGRE, que deve voar em 2023 em parceria com a Agência Espacial Italiana para demonstrar e refinar essa técnica. No entanto, todas essas são soluções de curto prazo para a navegação cislunar. A longo prazo, a NASA está procurando desenvolver o que chama de LunaNet, um conjunto de padrões, protocolos e requisitos de interface comuns para estender a internetworking (interligação de redes) à Lua e oferecer “flexibilidade e acesso a dados sem precedentes”, disse a agência espacial dos EUA. Este sistema usaria inicialmente muitas das técnicas acima, incluindo estações terrestres baseadas na Terra, navegação autônoma e “Rede Tolerante a Disrupções”, mas poderia evoluir para incluir satélites de retransmissão lunar ou constelações de pequenos satélites para expandir a infraestrutura do LunaNet, disse a NASA. Todas essas potenciais soluções estão sendo desenvolvidas para apoiar a exploração humana da Lua. A primeira missão, embora sem piloto, está programada para ser a Artemis 1. Com o lançamento previsto para final de 2021 ou início de 2022, a missão será a primeira a integrar o veículo de tripulação multifuncional Orion e o Sistema de Lançamento Espacial (SLS) – o foguete mais poderoso desenvolvido pela NASA. O primeiro voo tripulado, Artemis 2, poderia seguir em algum momento de 2023 para enviar quatro pessoas em uma trajetória de retorno livre ao redor da Lua. Espera-se que Artemis 3, que pode ocorrer já em 2024, envolva o primeiro pouso humano na Lua desde 1972. Por: Theresa Cross Traduzido por: Maria Luisa de Souza Ribeiro ( Junior Bilingual Correspondent ). 12-04-21 – No inicio dos anos 60 o mundo vivia a tensao da gerra fria entre EUA e a antiga Uniao Sovietiva. A corrida espacial era um dos fatores onde as duas nacoes mediam forcas e buscavam os creditos de serem para sempre lembrados como os primeiros a colocar um ser humano em orbita da Terra. Em 12 de abril de 1961, esta primeira batalha foi vencida pela entao Uniao Sovietica. A bordo da espaconave Vostok 1, o cosmonauta soviético Yuri Alexeievitch Gagarin se tornou o primeiro ser humano a viajar pelo espaço. Em 1960 Gagarin foi um dos 20 pilotos selecionados, após rigorosos testes físicos e psicológicos, para o programa espacial soviético, e acabou sendo escolhido para ser o primeiro a ir ao espaço, pelo seu excelente desempenho no treinamento, sua origem camponesa, sua personalidade forte e principalmente, devido às suas características físicas. Como a espaçonave Vostok programada para a viagem pioneira em órbita, (que em russo significa "Oriente"), tinha um espaço mínimo para o piloto A pequena estatura de Gagarin que tinha 1,57 m de altura e 69 kg era perfeito. Com apenas 27 anos, Yuri Gagarin deu uma volta completa em órbita ao redor do planeta. O voo durou 106 minutos, a uma altura de 315 km, e foi totalmente automatizado, com uma velocidade aproximada de 28 000 km/h. Pela proeza, o cosmonauta recebeu a medalha da “Ordem de Lenin”. Após ser desligado do programa espacial, Gagarin foi transferido para um centro de testes de aeronaves. Em 27 de março de 1968, aos 34 anos de idade, durante um voo treino de rotina em um caça MIG-15 sobre a localidade de Kirzhach, ele e o instrutor de voo Vladimir Seryogin morreram na queda do jato, num acidente nunca devidamente explicado. Gagarin e Seryogin receberam honras de Estado e foram enterrados na muralha do Kremlin. O dia 12 de abril foi proclamado como o Dia Internacional do Voo Espacial Humano através da Resolução 65/271 adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 7 de abril de 2011. Esta data tem como objetivo celebrar o início da era espacial da humanidade e reafirmar a importante contribuição da ciência e tecnologia espaciais para alcançar objetivos de desenvolvimento sustentável e aumentar o bem-estar de todos os povos na Terra. Entender a importancia da exploracao espacial e fundamental e ira impactar nosso presente e futuro aqui na Terra. Por: Jose Carlos Filho Country Manager KSCIA International Space Academy 07-04-2021 - Em uma das principais atividades finais da missão Crew-1, os quatro astronautas vestiram seus trajes para realocar as portas de acoplagem a fim de abrir caminho para a próxima missão Crew Dragon à Estação Espacial. Às 6:30 da manhã EDT -Eastern Daylight Time- (10:30 UTC –Coordinated Universal Time) do dia 5 de abril de 2021, a Crew-1 Dragon e seus ocupantes desacoplaram da International Docking Adapter 2 na extremidade dianteira do módulo Harmony e iniciou-se um processo de 40 minutos para conseguirem recuar e voar em torno do International Docking Adapter 3, virado para o espaço. A reatracação com a ISS -Estação Espacial- aconteceu às 7:08 da manhã EDT (11:08 UTC). A bordo estavam os astronautas Mike Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker, da NASA, assim como o astronauta da Japan Aerospace Exploration Agency, Soichi Noguchi. Os quatro estavam preparados para retornar à Terra caso algo desse errado, e a espaconave não conseguisse reacoplar na ISS. Contudo, tudo correu como esperado. Essa foi a primeira realocação de porto de atracação para uma nave espacial de tripulação comercial e começa um processo que permitirá a adição de novos painéis solares na estação espacial depois de serem entregues pela próxima espaconave de carga Dragon. Quando a próxima nave espacial de carga Dragon, CRS-22, chegar já no começo de junho de 2021, ela terá que atracar com a IDA-3 a fim de garantir que o tronco da espaçonave esteja perto o suficiente para o Canadarm2, braco robótico da estação espacial, alcançá-la para pegar um novo conjunto de painéis solares. Mas antes do lançamento do CRS-22 para a ISS, espera-se que a Crew-2 traga quatro novos membros da tripulação para o posto avançado. Em vez de ter o Crew-2 inicialmente acoplado ao IDA-3 e realocar os portos apenas um mês ou mais em seu voo, Crew-1 (estando perto do final de sua missão de seis meses) mudou-se para lá para permitir que a Crew-2 atracasse no IDA-2 ao final deste mês. No momento em que o CRS-22 sera lançado e chegara à ISS, a Crew-1 já terá retornado à Terra. Crew-2 está programado para trazer os astronautas da NASA Shane Kimbrough e Megan McArthur, o astronauta da JAXA Akihiko Hoshide e o astronauta da European Space Agency, Thomas Pesquet, para o posto avançado com uma estadia programada de seis meses. O lançamento no topo de um foguete Falcon 9 do Complexo 39A de Lançamento do Centro Espacial Kennedy (Kennedy Space Center’s Launch Complex) é esperado, atualmente, para 22 de abril, com encontro e atracação agendados para um dia depois. Após um período de transferência de uma semana, o Crew-1 e sua tripulação de quatro pessoas deverá retornar à Terra para uma amerissagem assistida de paraquedas na costa da Flórida já em 28 de abril (TBC). No geral, espera-se que Abril seja um mês movimentado para o tráfego de veículos visitantes na ISS. Em 9 de abril, a Soyuz MS-18 deve ser lançada ao posto avançado com os cosmonautas russos Oleg Novitsky e Pyotr Dubrov e o astronauta da NASA Mark Vande Hei. O trio Soyuz MS-18 foi criado para substituir a tripulação do Soyuz MS-17 - os cosmonautas russos Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov e a astronauta da NASA Kate Rubins - que estão a bordo da ISS desde outubro de 2020. Espera-se que a Soyuz MS-17 saia do posto avançado em 17 de abril e pouse no Cazaquistão algumas horas depois. Vídeo cortesia da Orbital Velocity. Por: Derek Richardson Traduzido por: Maria Luisa de Souza Ribeiro ( Junior Bilingual Correspondent ) Uma Ilustracao do “Ingenuity” voando em Marte. Credito: NASA/JPL-Caltech 05-04-21 – Este mês de Abril tem tudo para ser mais um mês historico para Agencia Espacial Americana (NASA). Esta aberta a janela para primeira tentativa de um voo motorizado controlado em outro planeta. O “Mars Helicopter Ingenuity” viajou ate Marte e pousou no planeta vermelho acoplado ao Rover Perseverance. Foto do "Mars Helicopter Ingenuity” ainda acoplado ao Rover Perseverance. Credito Foto: NASA/JPL-Caltech Após pouco mais de 10 dias explorando Marte o Rover alcancou uma area considerada segura pelos cientistas para desacoplar o Mars Helicopter e fazer os ultimos ajustes para o voo historico. Uma vez desacoplado o pequeno helicoptero estara por conta propria e tera que sobreviver sozinho ao clima hostil de Marte onde as temperaturas podem chegar a -90 Graus Celcius. Voar em Marte não e algo tao simples de se fazer. Alem do desafio de controlar um "drone" em um planeta que esta a mais de 50 milhoes de KM, a atmosfera muito fina transforma esta tarefa em um verdadeiro pesadelo para os cientistas. Helices com design proprio e rotores super potentes foram desenvolvidos com objetivo de vencer este desafio. Credito Foto: NASA/JPL-Caltech. Nesta manha os cientistas tiveram uma otima noticia. O pequeno explorador sobreviveu a sua primeira noite sozinho na superficie de Marte. Nos próximos dois dias, o Ingenuity coletará informações sobre o desempenho dos sistemas de energia e controle térmico, agora que o pequeno helicóptero está sozinho no ambiente de Marte. Essa informação será usada para ajustar o sistema de controle térmico do Ingenuity para ajudá-lo a sobreviver às noites adversas de Marte durante todo o período de experiência de voo. Se a missao do Mars Helicopter Ingenuity for bem sucedida a exploracao de Marte e outros planetas alcancara um novo patamar pois os cientistas poderao explorar areas nunca antes exploradas e cobrir grandes distancias em um tempo muito menor do que se consegue hoje com os Rovers Curiosity e Perseverance. Voce pode acompanhar esta incrivel jornada atraves das redes sociais da NASA e JPL ou diretamente no site da agencia espacial americana em www.nasa.gov/perseverance. Por: Jose Carlos Filho Country Manager KSCIA International Space Academy |
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