24-07-2023 - A NASA e a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) estão prontas para cooperar numa missão conjunta para a Estação Espacial Internacional (ISS) no ano que vem, de acordo com a Casa Branca. Em 22 de junho de 2023, uma declaração conjunta dos Estados Unidos e Índia, NASA e ISRO estão prontas para criar uma estrutura para cooperação em voos espaciais tripulados até o final do ano, o que incluiria a agência espacial dos EUA treinando astronautas indianos no Centro Espacial Johnson em Houston. O plano é realizar um esforço conjunto à ISS em 2024. Ainda não se sabe se isso significa que astronautas indianos voariam para a estação espacial em uma expedição de seis meses ou por uma de missão privada de curta duração. A declaração também consta que a Índia assinou os Acordos de Artemis, que é um acordo de não vínculo entre os Estados Unidos e outros países sobre o estabelecimento de princípios de orientação e melhores práticas para exploração espacial, particularmente com o programa Artemis liderado pela NASA. A índia é o 27º país a assinar os Acordos de Artemis, que inclui a maioria das nações parceiras da Estação Espacial Internacional, com a notável exceção da Rússia. O anúncio foi feito durante uma visita à Casa Branca pelo Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi, que contou com uma coletiva de imprensa junto ao presidente Joe Biden, abordando diversos tópicos, incluindo cooperação espacial. “Ao tomar a decisão de aderir aos Acordos de Artemis, demos um grande salto em nossa cooperação espacial,” disse Modi, via um tradutor, durante a coletiva de imprensa. “Para a parceria [indiana e americana], nem o céu é o limite.” Além disso, a declaração da Casa Branca comemorou a entrega do satélite de Radar de Abertura Sintética NASA-ISRO, ou NISAR, à Índia para lançamento em algum momento no ano que vem. O NISAR é uma missão conjunta de observação da Terra no valor de US$ 1,5 bilhão que tem como objetivo medir os “ecossistemas em mudança, superfícies dinâmicas e massas de gelo do planeta, fornecendo informações sobre biomassa, riscos naturais, aumento do nível do mar e águas subterrâneas”, entre outras aplicações, de acordo com a NASA. “Estamos ansiosos por tudo o que realizaremos aqui na Terra e no espaço, incluindo nossa missão científica conjunta da Terra, NISAR, e somos especialmente gratos pela assinatura dos Acordos de Artemis pela Índia”, disse o Administrador da NASA, Bill Nelson, em um tweet. “Podemos fazer mais quando trabalhamos juntos!” A declaração da Casa Branca disse que ambos os países estão visando outros meios de melhorar a colaboração comercial, inclusive abordando os controles de exportação e facilitando a transferência de tecnologia. A Índia tem trabalhado no desenvolvimento de seu próprio acesso independente ao espaço por meio da espaçonave Gaganyaan. Este veículo para três pessoas está em desenvolvimento desde 2007. Devido a atrasos técnicos e de financiamento, seu primeiro voo tripulado não é esperado até pelo menos 2025. O país teve uma série de sucessos na exploração do espaço profundo na última década, incluindo um orbitador em Marte e vários orbitadores lunares. A ISRO também tentou pousos suaves de uma espaçonave na Lua em 2019, no entanto, um problema de software causou sua queda. A Índia planeja enviar outro módulo de pouso à Lua ainda este ano. Isso ocorre quando a China tem cada vez mais divulgado a sua intenção de colocar um humano na Lua, algo que pretende fazer antes de 2030. O país também planeja construir uma Estação Internacional de Pesquisa Lunar no polo sul que daria suporte aos astronautas chineses e de seus parceiros, que atualmente incluem Rússia, Paquistão e Emirados Árabes Unidos. O programa Artemis, liderado pela NASA, prevê o pouso de astronautas na Lua já em 2026. No entanto, é provável que esse tempo se prolongue à medida que ocorram atrasos técnicos em conjunto com orçamentos restritivos nos próximos dois anos. Por: Derek Richardson Traduzido por: Nicholas Desmond Waluszek (Junior Bilingual Correspondent)
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24-07-2023 - A SpaceShip Two da Virgin Galactic voou com passageiros pagantes pela primeira vez em seu voo espacial comercial inaugural suborbital. A empresa já havia transportado passageiros anteriormente, mais recentemente em julho de 2021 e maio de 2023 - ambos na VSS Unity, levada à altitude pela aeronave-mãe VMS Eve. Porém, esses voos foram realizados para avaliar o conforto e a experiência dos passageiros. Essa missão, conhecida como Galactic 01, ocorreu no Spaceport America, no Novo México, localizado cerca de 32 quilômetros (20 milhas) a leste da cidade de Truth or Consequences. Esse voo comercial suborbital foi uma missão científica para a Força Aérea Italiana e o Conselho Nacional de Pesquisa da Itália. A bordo estavam o Coronel Walter Villadei e o Tenente-Coronel Angelo Landolfi da Força Aérea Italiana, e Pantaleone Carlucci representando o Conselho Nacional de Pesquisa da Itália. Acompanhando-os estava Colin Bennett, Instrutor de Astronautas da Virgin Galactic. Ele voou pela primeira vez a bordo da Unity em julho de 2021 durante a primeira missão totalmente tripulada. O proprietário da empresa, Richard Branson, também estava nessa missão. Comandando a Unity manualmente estava o Comandante Mike Masucci e o Piloto Nicola Pecile. Esses foram respectivamente o quarto e o primeiro voos deles. Para a Galactic 01, a aeronave transportadora VMS Eve decolou às 10h30 (horário de Brasília) e subiu até a altitude de liberação da espaçonave, que foi de 13.500 metros (44.500 pés). Pouco antes das 11h30 (horário de Brasília), a VSS Unity foi liberada. Momentos depois, seu motor híbrido foi acionado para realizar uma queima de um minuto e enviar o veículo em uma trajetória acima da atmosfera. A altitude máxima alcançada foi de 85.1 quilômetros (52,9 milhas), o que é suficiente para se qualificar como um voo espacial pela Força Aérea dos Estados Unidos e pela NASA. No entanto, ainda está cerca de 14.8 quilômetros (9,2 milhas) abaixo do limite internacionalmente reconhecido do espaço, que é de 100 quilômetros (62 milhas). Durante o período de flutuação, a tripulação experimentou vários minutos de ausência de gravidade e começou a realizar seus experimentos. No total, havia 13 cargas úteis de pesquisa a bordo em um suporte na parte traseira da cabine da tripulação. Mas, como diz o ditado, o tempo voa quando você está se divertindo. Assim que a tripulação estava concluindo seus experimentos, a nave iniciou sua descida com as asas posicionadas na posição vertical para facilitar e controlar seu retorno à atmosfera, assim como uma peteca de badminton em voo. Uma vez de volta na atmosfera inferior, as asas foram retornadas à posição de voo e a nave se tornou um planador. Poucos minutos depois, os seis ocupantes estavam de volta ao solo, pousando na pista do Spaceport America às 11h42, horário de Brasília. Após uma análise pós-voo, a Virgin Galactic anunciou que começará a preparar a nave para seu próximo voo espacial suborbital, Galactic 02. A empresa espera realizá-lo em agosto, com voos mensais a partir de então. "Hoje, nossa equipe levou com sucesso seis pessoas e mais de uma dúzia de cargas úteis de pesquisa ao espaço a bordo da VSS Unity, nosso laboratório científico suborbital único", disse Michael Colglazier, CEO da Virgin Galactic, em comunicado da empresa. "Este voo histórico foi nosso primeiro voo comercial e nossa primeira missão comercial dedicada à pesquisa, inaugurando uma nova era de acesso repetível e confiável ao espaço para passageiros privados e pesquisadores." Por: Derek Richardson Traduzido por: Maria Clara Boscaino Xavier (Junior Bilingual Correspondent) 24-07-2023 - Durante um par de caminhadas espaciais na última semana, dois astronautas completaram a instalação de um conjunto de novas matrizes solares fora da Estação Espacial Internacional. Isso faz parte de um processo de vários anos de atualização do sistema de energia do posto avançado para permitir que ele tenha capacidade suficiente de geração de energia até o fim de sua vida planejada em 2030. Chamadas de "ISS RollOut Solar Array" ou iROSA, o plano original era instalar seis delas sobre seis das oito matrizes antigas. Os dois primeiros pares foram entregues dentro da espaçonave de carga Dragon da SpaceX em 2021 e 2022. O conjunto final das matrizes originais foi entregue à ISS quando a espaçonave de carga Dragon CRS-28 se acoplou ao posto avançado em 6 de junho de 2023, aproximadamente um dia após seu lançamento do Centro Espacial Kennedy, na Flórida Cada iROSA estava em um berço que foi removido do compartimento de carga e colocado temporariamente em uma localização próxima ao lado estibordo (lado direito) da longa viga de 356 pés (109 metros) da estação espacial. Seria responsabilidade de dois membros da tripulação da Expedição 69, composta por sete pessoas, realizar duas caminhadas espaciais separadas para instalar os novos dispositivos em suas posições planejadas no lado estibordo da viga. Os astronautas da NASA, Woody Hoburg e Steve Bowen, receberam a tarefa. Eles se alternariam na liderança durante as atividades extraveiculares, sendo Bowen o líder durante a atividade extraveicular dos EUA, EVA-87, em 9 de junho, e Hoburg durante a EVA-88 dos EUA em 15 de junho. Ambas as caminhadas espaciais envolveriam a dupla trabalhando para levar uma iROSA para a área de trabalho, primeiro usando o Canadarm2 robótico, operado pelo astronauta dos Emirados, Sultan Al Neyadi, de dentro da estação espacial. Com Hoburg segurando a matriz enrolada na extremidade do braço robótico, o Canadarm2 seria manobrado mais perto da área de trabalho. Em seguida, a dupla passaria a matriz de um para o outro para "caminhá-la" até a localização final. Para a caminhada espacial de 9 de junho, uma iROSA foi instalada no canal de energia 1A na viga estibordo S4. Durante a atividade do dia 15 de junho, uma iROSA foi instalada no canal de energia 1B na viga estibordo S6. Cada iROSA tem 18,2 metros de comprimento por 6 metros de largura quando completamente desenrolada, ou seja, 60 pés de comprimento por 20 pés de largura. Elas são mais avançadas e eficientes do que as matrizes solares existentes, exigindo, portanto, uma área menor para coleta de energia solar. Usando um kit de montagem modificado, elas foram instaladas sobre as matrizes antigas existentes, que têm 24 metros de comprimento e 12 metros de largura, ou seja, 112 pés de comprimento e 39 pés de largura. As matrizes antigas foram lançadas ao longo de várias missões dos ônibus espaciais entre 2000 e 2009, cada uma com uma vida útil de aproximadamente 15 anos. Não é preciso dizer que as matrizes mais antigas já ultrapassaram esse limite e começaram a mostrar sinais de degradação ao longo dos anos. Com seis iROSAs instaladas, a capacidade de energia da ISS aumentou em cerca de 30%, de acordo com a NASA, para aproximadamente 250 quilowatts de produção de energia. O posto avançado está atualmente consumindo cerca de 75 a 90 quilowatts. A NASA informou que está trabalhando com a Boeing e a Redwire (a empresa que construiu as matrizes) para preparar mais duas iROSAs para o lançamento no período de 2025. Provavelmente, essas seriam instaladas nas duas matrizes antigas restantes a serem cobertas, uma em cada lado da viga. Para a caminhada espacial de 15 de junho - EVA-88 dos EUA - a dupla conseguiu completar todas as suas tarefas mais rapidamente do que o esperado e realizar várias atividades adicionais em preparação para futuras caminhadas espaciais. No total, a EVA-87 dos EUA durou 6 horas e 3 minutos, enquanto a EVA-88 dos EUA durou 5 horas e 35 minutos. Bowen estava em sua décima caminhada espacial, o que o coloca empatado com os ex-astronautas da NASA Michael Lopez-Alegria, Bob Behnken, Peggy Whitson e Christopher Cassidy pelo maior número de EVAs realizados por um astronauta da NASA. No entanto, seu tempo acumulado em caminhadas espaciais é de 65 horas e 57 minutos, algumas horas a menos do que o recorde de Lopez-Alegria, o que o coloca em terceiro lugar, atrás do segundo lugar de Alegria. O recorde de mais caminhadas espaciais pertence ao ex-cosmonauta russo Anatoly Solovyev. Ele realizou 16 caminhadas espaciais ao longo de sua carreira, totalizando 82 horas e 22 minutos. Quanto a Hoburg, suas duas caminhadas espaciais acumulam 11 horas e 38 minutos. Até agora, em 2023, houve oito caminhadas espaciais, das quais seis foram realizadas pelos membros da tripulação da Expedição 69. Espera-se outra caminhada espacial ainda este mês a ser realizada por cosmonautas russos. No geral, desde 1998, houve 265 EVAs em apoio à montagem e manutenção do posto avançado da ISS. Isso totaliza cerca de 70 dias, 3 horas e 27 minutos. Por: Derek Richardson Traduzido por: Sofia Rangel (Junior Bilingual Correspondents) 24-07-2023 - A espaçonave autônoma de carga Dragon CRS-28 da SpaceX está a caminho da Estação Espacial Internacional para entrega de suprimentos para a tripulação e um par de novos painéis solares. A decolagem no topo de um foguete Falcon 9 ocorreu às 11h47 (horário de verão do leste dos EUA) (15h47 Tempo Universal Coordenado) em 5 de junho de 2023, do Complexo de Lançamento 39A do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida. Menos de 10 minutos depois, a espaçonave de carga Dragon, não tripulada, estava em órbita para começar sua perseguição à ISS. A acoplagem está prevista para daqui a cerca de 18 horas. A espaçonave está programada para se conectar com a porta voltada para o espaço do módulo Harmony por volta das 5h50 (09h50 Tempo Universal Coordenado) em 6 de junho. A bordo da Dragon CRS-28 estão cerca de 3.200 quilos (7,000 libras) de suprimentos para a tripulação, experimentos e hardware destinados à tripulação da Expedição 69 da estação espacial, composta por sete pessoas. Em particular, a seção não pressurizada do compartimento tem o par final de Painéis Solares “Roll-Out Solar Arrays” da Estação Espacial Internacional (ISS), ou “iROSAs”, que estão sendo usados para aumentar o fornecimento de energia da estação. A ISS tem oito grandes painéis solares herdados que foram lançados entre 2000 e 2009. Cada um tem 34 metros de comprimento e 12 metros de largura (112 pés de comprimento e 39 pés de largura) e tinha uma vida útil de cerca de 15 anos. Como resultado, os mais antigos apresentam sinais de perda de eficácia e degradação. Por causa disso, a NASA encomendou seis asas iROSA da Redwire para serem instaladas sobre as matrizes antigas. Cada nova matriz tem 18.2 metros de comprimento por 6 metros de largura (60 pés de comprimento por 20 pés de largura) e cobre mais da metade das matrizes originais. No entanto, os iROSAs são mais eficientes, produzindo mais de 20 quilowatts de energia. Mesmo assim, com todas as seis asas do iROSA instaladas, espera-se que a capacidade de geração de energia da ISS aumente em cerca de 30%, fornecendo ao laboratório orbital energia mais do que suficiente até o final planejado de sua vida útil em 2030. No verão de 2021, os dois primeiros conjuntos de painéis solares foram entregues pela espaçonave de carga Dragon CRS-22. O segundo par chegou em novembro de 2022 durante a missão CRS-26. Cada matriz de implantação exigiu pelo menos uma caminhada espacial para instalar um kit de modificação que se encaixasse sobre o conjunto antigo, bem como outra saída para instalar e implantar a matriz. Os kits de modificação foram enviados separadamente e instalados antes da chegada de cada par de iROSAs. A partir de agora, as duas caminhadas espaciais para instalar os iROSAs planejados finais devem ocorrer em 9 e 15 de junho. Eles serão instalados nos canais de energia 1A e 1B, respectivamente, nos segmentos de treliça S4 e S6 de estibordo. De acordo com o NASASpaceflight.com, existe a opção de um quarto par de asas iROSA, caso a NASA decida encomendar outro conjunto no futuro. Espera-se que a Dragon CRS-28 permaneça acoplada à ISS por cerca de um mês, enquanto a tripulação da Expedição 69 descarrega sua carga pressurizada. Ela será recarregada com equipamentos e experimentos para retornar à Terra. A cápsula, que está em seu quarto voo, mergulhará no oceano na costa da Flórida para recuperação e eventual reutilização. Esta foi a quarta missão Dragon de 2023 (duas com tripulantes e duas de carga) e o 38º foguete da família Falcon a voar este ano. Para este lançamento, o propulsor B1077, do primeiro estágio do Falcon 9, foi usado pela quinta vez. Ele pousou com sucesso no navio drone da SpaceX “A Shortfall of Gravitas” no Oceano Atlântico, menos de 10 minutos depois de deixar a Flórida. Por: Derek Richardson Traduzido por: Maria Carolina Ferlin Amaro e Carine Medeiros Carminatti (Junior Bilingual Correspondents) 24-07-2023 - Duas questões recentemente descobertas levaram a NASA e a Boeing a adiar o lançamento do Teste de Voo da Tripulação da Starliner, que era esperado para julho. Ambos os problemas foram descobertos em uma revisão de pontos de verificação e passaram despercebidos por anos. Um deles originou-se de dados registrados incorretamente, que mostravam que os elos macios de tecido nas linhas dos paraquedas eram mais fortes do que realmente eram. O outro problema envolveu novos dados que sugeriam que as fitas de fio usadas extensivamente em toda a espaçonave poderiam ser inflamáveis sob certas condições. Em uma teleconferência com a mídia realizada em 1º de junho de 2023, Mark Nappi, vice-presidente da Boeing e gerente do programa Starliner, afirmou que os problemas foram comunicados até ao CEO da empresa. Foi decidido por unanimidade que isso exigia adiar a tentativa de lançamento de julho para descobrir como resolver os novos problemas. "Elaboramos alguns fluxogramas para a fita. Elaboramos alguns fluxogramas para o sistema de paraquedas e o que precisamos fazer", disse Nappi na teleconferência. "Temos que responder todas essas perguntas e depois passaremos os próximos cinco ou sete dias respondendo essas perguntas e elaborando cronogramas que apoiem a recuperação e a próxima tentativa do Teste de Voo da Tripulação." Nappi afirmou que a própria Starliner está em boas condições. Na revisão recente de pontos de verificação, todas as anomalias da missão Orbital Flight Test-2 do ano passado foram resolvidas e 95% dos produtos de certificação do Teste de Voo da Tripulação foram concluídos, de acordo com a NASA. Em relação ao problema do paraquedas, devido ao limite de falha de carga para os elos macios de tecido do paraquedas ser menor do que o registrado, isso diminui o fator de segurança do sistema de paraquedas. Nappi disse que a Boeing está analisando várias maneiras de resolver esse problema e não descartou testes adicionais de queda. Quanto à fita de fio, uma solução poderia ser envolver parte da fita existente - que se estende por centenas de pés em toda a cápsula - com um material mais resistente ao fogo. A fita ao redor dos chicotes de fios ajuda a evitar o atrito e outros danos potenciais. Tanto os problemas do paraquedas quanto da fita de fio provavelmente exigirão a remoção de partes da espaçonave para alcançar as áreas que precisam ser corrigidas. Nappi não descartou a possibilidade de um voo ainda este ano. Joel Montalbano, gerente do programa da Estação Espacial Internacional, disse que se os problemas forem resolvidos a tempo, pode haver um espaço na agenda lotada da ISS no outono para o aguardado voo de teste tripulado. "Estamos encontrando coisas agora. Isso é um testemunho do processo", disse Nappi. "Pode-se questionar se deveríamos estar descobrindo esses tipos de problemas tão tarde. E isso pode ser porque havia um certo otimismo quando alguns dos projetos foram concluídos. Alguns dos processos foram criados muitos anos atrás e permitiram que essas coisas se infiltrassem no sistema." O Teste de Voo da Tripulação da Starliner deve ver o Comandante da Nave Espacial, Barry Wilmore, e a Piloto, Sunita Williams - ambos astronautas da NASA - realizarem uma missão de uma semana na ISS para verificar os sistemas da espaçonave. Assumindo que tudo corra bem, a Starliner será certificada para voos regulares de rotação da tripulação para a ISS, juntamente com a espaçonave Crew Dragon da SpaceX. A Boeing foi selecionada juntamente com a SpaceX em 2014 para fornecer o transporte de tripulação para a estação espacial. A Boeing recebeu US$ 4,2 bilhões, enquanto a SpaceX recebeu US$ 2,6 bilhões. O primeiro teste orbital não tripulado ocorreu em dezembro de 2019. No entanto, problemas extensos com a espaçonave imediatamente após atingir a órbita impediram que ela alcançasse a ISS. Um segundo teste orbital não tripulado foi realizado em maio de 2022, mas apenas após quase um ano de atrasos desde o verão de 2021 devido a válvulas corroídas na Starliner. Após o Teste de Voo da Tripulação, a NASA solicitou seis voos de rotação da tripulação para a ISS usando a Starliner. Juntamente com os voos da Crew Dragon, isso deve ser suficiente para o programa da estação espacial até o seu planejado encerramento em 2030. Por: Derek Richardson Traduzido por: Eduardo dos Santos Belinelli (Junior Bilingual Correspondent). |
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