Astronauta Scott Kelly Retorna, Mas os Estudos Científicos Para Jornada da NASA a Marte Continuam5/1/2017 O astronauta Scott Kelly da NASA preparou o caminho para futuras missões ao embarcar em uma missão espacial com duração de um ano junto com o cosmonauta russo Mikhail Kornienko. Kelly será o primeiro americano a completar uma missão de longa duração, e um dos primeiros seres humanos em mais de 15 anos a encarar tal desafio. O cosmonauta russo Sergei Avdeyev foi a última pessoa a passar um ano em microgravidade em 1999. A missão 2015-2016 baseia-se nesta experiência do passado. Crédito da Foto: NASA. Embora todas as missões ao espaço sejam historicamente significantes, essa se destaca por conta da tecnologia do século XXI, as novas abordagens e novas técnicas que serão empregadas. A NASA fez parcerias com outras agências espaciais para conduzir diferentes pesquisas no intuito de ver como o corpo humano muda durante a permanência de um ano no espaço. Duas dessas pesquisas, que lidam com os efeitos da permanência no espaço sob o corpo humano são: os deslocamentos de fluídos e os testes de campo. O deslocamento de fluídos trata das mudanças no sistema visual e os testes de campos trata das habilidades pós-pouso dos astronautas após longas viagens espaciais. Essas investigações ultrapassaram as expectativas tecnológicas e logísticas enquanto a colaboração internacional aumenta. A missão une os cientistas mais renomados para conduzir essa inovadora pesquisa sobre o corpo humano. “Trabalhar com outros parceiros não é necessariamente fácil porque diferentes países possuem processos específicos a serem seguidos”, disse John Charles, cientista chefe do Programa de Pesquisa Humana da NASA, que possui doutorado em Fisiologia e Biofísica. “Diferentes modos de se resolver os problemas sempre devem ser considerados, mas quando novos processos, que podem beneficiar o futuro das missões ou reduzir a duplicação de tarefas são encontrados, isso sim é considerado um bom trabalho em equipe”. (01-22-2016) --- Membros da tripulação da missão de um ano Scotty Kelly (esquerda) e Mikhail Kornienko da Roscosmos (direita), celebram seu 300º dia consecutivo no espaço no dia 21 de janeiro de 2016. Ao passarem um total de 340 dias na Estação Espacial Internacional, os astronautas ajudaram os cientistas a entender o que acontece com o corpo humano em microgravidade durante um longo tempo. Kelly está segurando uma flor que cresceu no espaço como parte do experimento “vegetais” na Estação Espacial Internacional. Crédito da Foto: NASA. Esse esforço colaborativo testa não somente o corpo humano, mas também a interação de parceiros, tecnologias e técnicas. A boa notícia é que isso está funcionando tão bem que esse será um modelo para as missões futuras de longa duração. Preparar-se para uma jornada de três anos para Marte requer um pensamento inovador, e é por isso que a NASA envolveu os melhores e mais inteligentes pesquisadores dos Estados Unidos e de parceiros de agências espaciais da Estação Espacial Internacional. O conhecimento deles junto com os novos dados coletados desta missão irá ajudar a NASA a criar contra-medidas para proteger o futuro dos astronautas contra o estresse gerado no corpo humano durante a permanência no espaço. A missão de um ano coincide com o estudo dos gêmeos. Pela primeira vez, está sendo possível estudar os efeitos da viagem espacial em nível molecular de gêmeos idênticos. Mark, o gêmeo idêntico de Scott e ex-astronauta, está passando o ano na Terra, permitindo pesquisas focadas em comparações quase idênticas dos perfis genômicos e ômicos dos irmãos, algo que nunca foi estudado antes nas pesquisas espaciais sobre os humanos. Este novo campo de estudos, semelhante a medicina personalizada, produz tanta informação e dados para pesquisas que é difícil de imaginar. A missão vai continuar mesmo após o retorno de Scott, disse Charles. Para as pesquisas da missão de um ano, nós estaremos coletando informações médicas de pós voo de três a seis meses depois dele ter voltado para a Terra. Para as pesquisas de estudos dos gêmeos, nós continuaremos a coletar dados até um ano após a sua volta. Os dados pós voo são tão importantes quanto os dados de bordo para nos ajudar a entender como manter os astronautas em segurança na ida e na volta de Marte. A Nasa tem aproximadamente 15 anos de dados coletados para avaliar a forma com a qual o espaço afeta o corpo humano durante missões com duração de seis meses. Agora o Programa de Pesquisas Humanas está construindo em sua fundação a proposta de mais colaborações internacionais para o futuro ano das missões para a Estação Espacial. Isso irá ajudar a analisar a eficiência das abordagens de contra-medidas que estão sendo desenvolvidas para compensar as mudanças relacionadas ao voo espacial, no corpo durante as missões para Marte. "Nós ficaríamos felizes em não encontrar diferenças entre as missões de seis meses e um ano," disse Charles. "Mas nós anteciparemos as mudanças. Esta foi a primeira vez que nós fizemos estudos aprofundados de perfis dos Ácidos Ribonucleicos (ARN) de gêmeos. Quanto mais um ser humano fica no espaço, maior é a exposição a riscos tais como radiação e perca de peso. Nosso grupo de pesquisadores considera esses riscos na criação de contra-medidas, permitindo avançarmos nas missões espaciais. Integrando a Colaboração Internacional da Ciência, e, portanto, enfatizando o "I" (de internacional) da Estação Espacial Internacional, a junção de nossos esforços pode possibilitar um grande benefício." O programa de pesquisas humanas da NASA permite a exploração espacial reduzindo os riscos para a saúde humana através de um programa com foco nas pesquisas básicas, operacionais e aplicadas. Isso conduz ao desenvolvimento da saúde, da performance e da habitabilidade humana; contramedidas e soluções de diminuição de riscos; e tecnologias avançadas de habitabilidade e suporte médico. Por: Amy Blanchett / Laurie Abadie ( NASA Human Research Engagement & Communications ) Traduzido por: Diego Lopes Feres ( Junior Bilingual Correspondent )
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