A geada da superfície marciana, feita em grande parte por dióxido de carbono, aparenta ser branco-azulada nessas imagens feitas pela câmera do Sistema de Imagem de Emissão Térmica (THEMIS) a bordo do orbitador Odyssey de 2001 da NASA . THEMIS tira fotos tanto em luz visível, perceptível aos olhos humanos, quanto em infravermelho sensível ao calor. Créditos: NASA/JPL-Caltech/ASU 21-07-2022 - Um novo estudo usando dados do orbitador da NASA Mars Odyssey pode explicar porque a geada marciana pode ser visível a olho nu e o porquê de avalanches de poeira aparecerem em algumas inclinações. Cientistas ficaram perplexos ano passado quando estudavam imagens da superfície marciana tiradas na aurora pelo orbitador da NASA Mars Odyssey. Quando eles olharam para a superfície usando luz visível - o tipo que o olho humano percebe - eles conseguiram ver fantasmagóricas geadas azul-brancas de manhã iluminadas pelo Sol nascente. Mas usam a câmera sensível ao calor do orbitador, a geada apareceu mais amplamente, inclusive em áreas onde nenhuma era visível. Os cientistas sabiam que eles estavam olhando para uma geada que se forma durante a noite e é feita em maior parte de dióxido de carbono - essencialmente, gelo seco, que frequentemente aparece como geada no Planeta Vermelho em vez do gelo de água. Mas por que essa geada de gelo seco era visível em alguns lugares e em outros não? Em uma matéria publicada mês passado no Journal of Geophysical Research: Planets, esses cientistas propuseram uma resposta surpreendente que também pode explicar como as avalanches de poeira, que estão mudando o formato do planeta, são acionadas após o nascer do sol. O fenômeno levou os cientistas a suspeitarem que a geada de poeira pode também explicar algumas das faixas escuras que podem se arrastar por 3.300 pés (1.000 metros) ou mais pelas inclinações marcianas. Eles sabiam que as faixas eram resultadas, essencialmente, das avalanches de poeira que lentamente mudavam o formato das encostas das montanhas ao redor do planeta. Cientistas pensam que essas avalanches de poeira provavelmente se parecem com um rio de poeira agarrado ao chão liberando uma trilha de material fofo atrás. Enquanto a poeira viaja pelo declive por algumas horas, ela mostra faixas de um material mais escuro abaixo. Essas faixas escuras não são as mesmas que uma variedade melhor documentada chamada de linhas de declive recorrentes, as quais recorrem nos mesmos lugares, estação após estação, por semanas (em vez de horas) por vez. Uma vez imaginas serem resultado de água salgada lentamente escorrendo das encostas das montanhas, linhas de declive recorrentes são agora pensadas como sendo resultado de fluxos de areia seca ou poeira. Mapeando as faixas de declive para o seu novo estudo, os autores descobriram que elas geralmente aparecem em lugares com geada matinal. Os pesquisadores propuseram que as faixas são resultadas da vaporização da geada criando pressão suficiente para que os grãos de poeira se soltem, causando uma avalanche. A hipótese é uma evidência de como o Planeta Vermelho pode ser. “Todas as vezes que nós mandamos uma missão para Marte, nós descobrimos novos processos exóticos,” disse Chris Edwards, um co-autor da matéria na Northern Arizona University em Flagstaff. “Nós não temos nada exatamente como uma faixa de declive na Terra. Você tem que pensar além de suas experiências na Terra para entender Marte. Por: Andrew Good , Karen Fox e Alana Johnson Traduzido por: Thais Paschoal Vieira Braz (Junior Bilingual Correspondent)
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