07-08-2023 - Várias missões que podem detectar vida além do nosso sistema solar estão atualmente em desenvolvimento, afirmou o astrofísico suíço Sasha Quanz, durante a recente inauguração do Centro para a Origem e Prevalência da Vida do ETH Zurich. Mais de 5.000 exoplanetas foram descobertos desde que o primeiro foi encontrado em 1995. A Via Láctea contém mais de 100 bilhões de estrelas, e os astrônomos acreditam que a maioria ou todas essas estrelas possuem pelo menos um planeta orbitando ao redor delas. Para ser considerado habitável, um planeta deve orbitar sua estrela a uma distância que permita a existência de água líquida em sua superfície. O Telescópio Espacial James Webb da NASA (JWST James Webb Space Telescope), lançado em dezembro de 2021, detectou dióxido de carbono e água nas atmosferas de diversos exoplanetas grandes. Embora seja o telescópio espacial mais poderoso já lançado, o JWST não foi projetado para estudar planetas menores, semelhantes à Terra, em oposição a gigantes gasosos. No entanto, vários outros instrumentos atualmente em desenvolvimento terão essa capacidade, disse Quanz. Ele está atualmente trabalhando em um desses instrumentos, o mid-infrared imager and spectrograph (imagem e espectrógrafo infravermelho médio) do Extremely Large Telescope (ELT), conhecido como METIS. O ELT, com conclusão prevista para 2028, está localizado nas instalações do European Southern Observatory (ESO) no Chile. Com um espelho de 40 metros de largura (130 pés), o ELT será o maior telescópio óptico terrestre do mundo. Quanto ao METIS, Quanz disse: "O objetivo principal do instrumento é capturar a primeira imagem de um planeta terrestre, potencialmente semelhante à Terra, ao redor de uma das estrelas mais próximas. Mas nossa visão de longo prazo é fazer isso não apenas para algumas estrelas, mas para dezenas de estrelas, e investigar as atmosferas de exoplanetas terrestres." Como um telescópio terrestre, o ELT estará sujeito aos efeitos da atmosfera da Terra, o que poderia distorcer as medições das atmosferas dos exoplanetas. Por essa razão, cientistas da Agência Espacial Europeia estão discutindo um novo telescópio espacial intitulado Large Interferometer for Exoplanets (LIFE), com capacidades além das do JWST. Proposto pela primeira vez em 2017 e ainda não financiado, mas em desenvolvimento pelo novo centro da ETH Zurich, o LIFE será capaz de investigar as atmosferas de exoplanetas semelhantes à Terra em busca de moléculas produzidas por processos biológicos. "Sabemos muito pouco sobre se esses planetas terrestres têm atmosferas e do que essas atmosferas são compostas", disse Quanz. "Precisamos investigar as atmosferas desses planetas. Precisamos de uma abordagem observacional que nos permita tirar fotos desses planetas." Por: Laurel Cornfeld Traduzido por: Eduardo dos Santos Belinelli (Junior Bilingual Correspondent)
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