22-04-2019 - De acordo com o novo estudo publicado no jornal "Science", o número relativamente baixo de crateras, encontrados em Charon, maior lua de Plutão, pela espaçonave da Nasa, "New Horizons", indica que objetos muitos pequenos são raros no Cinturão de Kuiper. Crateras de planetas e luas são resultados de impactos de corpos pequenos ao longo de grandes períodos de tempo. Estes impactores são muito pequenos e estão muito distantes da Terra para serem vistos daqui, mesmo por telescópios espaciais. É por isso que os dados da New Horizons, que agora está viajando através da região de objetos gelados em forma de anel, entre Netuno e Plutão, é muito valioso para ajudar cientistas a entenderem melhor essa região distante. Kelsi Singer do Instituto de Pesquisa do Sudoeste (SwRI) e co-investigadora da New Horizons, conduziu um time de cientistas que estudavam dados do sistema de sobrevoo da espaçonave de Plutão de 2015 em um esforço para determinar se pequenos impactadores variando de 300 pés a 1 milha (91 metros a 1,6 quilômetros) são comuns ou raros no Cinturão de Kuiper. Singer disse, em um comunicado de imprensa que "Estes menores Objetos do Cinturão de Kuiper (KBOs) são realmente muito pequenos para serem vistos com qualquer telescópios de uma grande distância.". "New Horizons está voando diretamente através do Cinturão de Kuiper e coletando os dados de lá, que serão a chave para aprender sobre os corpos grandes e pequenos do Cinturão de Kuiper. Porque Plutão é geologicamente ativo, tendo de volta sua obscura história de impactos. No entanto, Charon, que não é geologicamente ativo, apresenta um histórico de impactos, e sua superfície tem revelado menos impactos do que cientistas esperavam antes do sobrevoo. Resultados recentes, do sobrevoo do KBO Ultima Thule, em 1° de janeiro desse ano, também revelam menos crateras do que os cientistas esperavam ver em sua superfície. Asteroides e KBOs são objetos sobrando da formação do sistema solar a 4,6 bilhões de anos atrás, quando o Sol e os planetas se formaram de uma nuvem de colapso molecular. "Essa falta surpreendente de pequenos KBOs muda nossa visão do Cinturão de Kuiper e mostra que sua formação ou evolução, ou ambos, eram um tanto diferentes do que os do cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter", disse Singer. "Talvez o cinturão de asteróides tenha mais corpos menores do que Cinturão de Kuiper, porque sua população experimenta mais colisões que rompem grandes objetos dentro de menores". Um outro objetivo da missão da New Horizons, além de estudar o sistema de Plutão e Ultima Thule mais de perto, é estudar o Cinturão de Kuiper em seu lugar natural, dando assim, ao cientistas, uma melhor compreensão da sua composição. "Com o sucesso do sobrevoo da Ultima Thule, mais cedo nesse ano, agora nós temos três superfícies planetárias distintas para estudar", disse Singer. "Esse papel usa dados do sobrevoo de Pluto-Charon, que indicam menos crateras de pequenos impactos do que o esperado. E resultados prévios da Ultima Thule, suportam essa descoberta." Alan Stern, principal investigador da New Horizons, também da SwRI, descreveu essas descobertas como um avanço significativo para os cientistas que buscam esclarecimentos sobre a natureza do Cinturão de Kuiper. "Tal como New Horizons revelou Plutão, sua Lua e recentemente o KBO, apelidado de Ultima Thule, a equipe do Dr. Singer revelou detalhes importantes sobre a população dos KBOs em escalas que não podemos chegar perto de ver da Terra", disse Stern. Agora, passado o Ultima Thule, a New Horizons, continua o estudo e a coleta de dados do meio ambiente do Cinturão de Kuiper. A espaçonave está programa para ser operada na alem da década de 2030 e pode visitar um terceiro alvo, se o mesmo for encontrado no seu caminho. Por: Laurel Kornfeld Traduzido por: Paulo Victor Batista de Oliveira ( Junior Bilingual Correspondent )
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