22-04-2019 - A Hayabusa-2 do Japão pousou com sucesso na superfície do asteroide Ryugu em 21 de fevereiro e fez sua primeira tentativa de coletar amostras para serem devolvidas à Terra para análise. A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) lançou a Hayabusa-2, sua segunda missão de retorno de amostras de asteróides, em dezembro de 2014. Ela chegou ao seu destino, um asteroide carbonoso perto da Terra, no final de junho de 2018. Para facilitar a coleta de amostras, a espaçonave disparou uma bala composta de tântalo de metal na superfície de Ryugu com o objetivo de criar pequenos fragmentos o suficiente para coleta em um recipiente conhecido como “chifre de amostra”. Esse método foi usado depois de ter sido testado, com sucesso, na Terra. O guitarrista e astrofísico da banda Queen Brian May, que já processou algumas imagens de Ryugu retornadas pela espaçonave, participou de uma transmissão ao vivo do evento. Depois de disparar a bala, a Hayabusa-2 levantou a superfície de Ryugu. Nos próximos dois meses, espera-se que a espaçonave, que é equipada com muitas dessas balas, realize várias outras tentativas de coleta de amostras usando a mesma técnica. A sonda também criará uma cratera artificial no Ryugu, a partir da qual coletará amostras, explodindo um pequeno impactor na superfície do asteroide. A Hayabusa-2 já derrubou dois robôs e um lander no Ryugu para servir como marcos, mas não baixou até agora. Uma delas, a sonda Mascot, fotografou a superfície escura do asteróide, operando por 17 horas até que suas baterias morressem. Como Ryugu, três quartos dos asteróides no cinturão entre Marte e Júpiter são carbonáceos, o que significa que contêm moléculas de carbono, que são orgânicas e constituem os blocos de construção da vida. Essas moléculas não são necessariamente o produto da atividade biológica; no entanto, sua presença intriga os cientistas porque os asteróides como Ryugu podem ter trazido matéria orgânica para a Terra, o que poderia ter desempenhado um papel no desenvolvimento da vida. Acredita-se também que o Ryugu tenha gelo de água e materiais que remontam aos primeiros dias do sistema solar. Os asteróides são fragmentos remanescentes do disco protoplanetário original que cercou o jovem Sol há 4,5 bilhões de anos. Os cientistas não saberão quanto desta e de outras amostras foram coletadas até que a Hayabusa-2 as devolva à Terra em 2020. Esta missão é a segunda da JAXA que busca retornar amostras de asteroides, que retornou com sucesso cerca de 1.500 partículas de amostras do asteroide Itokawa através de seu primeiro lander Hayabusa em 2010. OSIRIS-REx, uma missão da Nasa, está programada para tirar amostras do Bennu em 2020 e devolvê-las para a terra em 2023. Video Cortesia de JAXA Por: Laurel Kornfeld Traduzido por Ana Letícia Bezerra Rocha ( Junior Bilingual Correspondent )
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