07-05-2019 - Sabia-se que buracos negros existiam, mas até então, nenhuma imagem deles jamais havia sido capturada. Uma rede internacional de radiotelescópio mudou tudo isso. Um time de pesquisadores vindos de vários pontos do mundo tem desenvolvido e usado o EHT para criar a primeira imagem do buraco negro e os vestígios da estrela colapsada. O buraco negro imaginado é o coração da galáxia elíptica Messier 87 (M87) que é localizado a aproximadamente 55 milhões anos-luz da Terra. Para capturar a sombra que o buraco negro projeta no disco de acreção precisou de oito radiotelescópios na Terra. Estes observatórios estão localizados em vários países e trabalham como uma unidade. Como foi notado pelo JPL/ESO, isto essencialmente significa que este sistema interconectado produziu um telescópio que foi “...o tamanho do nosso planeta inteiro.” “Isto é uma realização incrível pelo time EHT”, disse Paul Hertz, o diretor da divisão astrofísica na sede da NASA, por um comunicado. “Anos atrás, nós pensamos que teríamos que construir um telescópio espacial gigante para ver um buraco negro. Com os radiotelescópios ao redor do mundo trabalhando em um concerto com um único instrumento, o time EHT atingiu isso, décadas antes do tempo.” Dados dos ativos da NASA foram usados como parte desse esforço colaborativo. O observatório espacial de raios X Chandra, o NuSTAR, o Neil Gehrels Swift Observatory e o experimento NICER (Interior Composition Explorer) da estrela Neutron, na Estação Espacial Internacional, desempenharam um papel na produção desta imagem histórica. Esta proeza exigiu que numerosos observatórios terrestres e espaciais se concentrassem no buraco negro M87 ao mesmo tempo (isto ocorreu em abril de 2017). A NASA está familiarizada com esta galáxia em particular, pois usou seus recursos para estudar o brilho do jato que sai do buraco negro. Esse jato se estende a mais de mil anos-luz de distância do centro da M87 e é alimentado pelo buraco negro. “Agendar todas essas observações coordenadas foi um problema muito difícil para os planejadores de missão do EHT do Chandra e do NuSTAR”, disse Joey Neilsen, um astrônomo da Universidade de Villanova, na Pensilvânia. "Eles fizeram um trabalho realmente incrível para obter os dados que temos e estamos extremamente agradecidos." Partículas lançadas como parte deste jato viajam perto da velocidade da luz, fazendo do M87 um bom alvo para os cientistas. Outro aspecto tentador do M87 foi algo que o Telescópio Espacial Hubble descobriu em 1999 e que está localizado dentro do jato. Apelidado de HST-1, essa “gota de matéria” ilumina e escurece periodicamente. Os cientistas não mediram esforços quando se tratou de estudar o buraco negro no centro da M87. De ondas de rádio de baixa energia a raios gama de alta energia, os pesquisadores foram em frente. “Raios-X nos ajudam a conectar o que está acontecendo com as partículas perto do horizonte de eventos com o que podemos medir com nossos telescópios”, disse Neilsen. Neilsen era a pessoa certa em termos de Chandra e Análise NuSTAR para o Grupo de Trabalho de Comprimento Multi-Ondular da EHT. Como notado, os buracos negros são estrelas colapsadas, dando-lhes campos gravitacionais tão extremos que nem a luz pode escapar. Sem luz eles não podem ser vistos. O disco de acreção, a matéria que foi triturada e é absorvida pelo buraco negro, pode ser visto. Pesquisadores usaram isso para fotografar o buraco negro de M87. Por: Jason Rhian Traduzido por: Iasmin de Oliveira Santos ( Junior Bilingual Correspondent )
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