07-08-2023 - A missão muito esperada Chandrayaan-3 da Índia foi lançada com sucesso do Centro Espacial Satish Dhawan do país. Essa foi a segunda tentativa do país de pousar uma espaçonave na Lua. O lançamento ocorreu no topo do foguete LVM3 de médio porte do país às 5h05 da manhã EDT (Horário de Verão Oriental) (9h05 UTC Tempo Universal Coordenado) em 14 de julho de 2023. Essa missão tem um marco significativo para a Organização Indiana de Pesquisa Espacial, ISRO, e segue o contratempo enfrentado durante o pouso da missão Chandrayaan-2 em 2019. A espaçonave Chandrayaan-3, com 3.900 quilogramas (8,600 libras), é composta por três partes integrais, incluindo um módulo de propulsão que também serve como satélite de comunicações para as outras duas partes: um módulo lunar de 1.752 quilogramas (3,860 libras) e um rover de 26 quilogramas (57 libras), cada um projetado para cumprir objetivos científicos específicos. De acordo com a ISRO, o orbitador Chandrayaan-2 da missão de 2019 irá agir como uma reserva de comunicação para operações na superfície. Após o lançamento, a espaçonave foi colocada em uma órbita de estacionamento de 170 por 36.500 quilômetros (105 por 22.680 milhas). É esperado que o módulo de propulsão utilize seus motores para gradualmente mover o veículo para interceptar a Lua e em seguida, entrar em uma órbita polar circular precisa de 100 quilômetros ao redor do vizinho celestial mais próximo da Terra. O pouso previsto, agendado para o final de agosto, deve ocorrer na região inexplorada do polo sul da Lua. Esta é a mesma área onde o módulo de aterrisagem da missão Chandrayaan-2 deveria ter pousado em 2019. Entretanto, uma falha no software fez o veículo bater na superfície. Se a aterrisagem do Chandrayaan-3 for um sucesso, contará com várias realizações notáveis. Não apenas faria da Índia o quarto país a realizar com sucesso um pouso suave na Lua, mas a sonda seria a primeira a pousar com êxito na desafiadora região do polo sul. Movido a energia solar, o módulo de pouso carrega três cargas úteis: o Experimento Termofísico da Superfície de Chandra, que tem o objetivo de medir a condutividade térmica e a temperatura na superfície da Lua; o Instrumento de Atividade Sísmica Lunar, que medirá quaisquer terremotos lunares ou outras atividades sísmicas na área; e a Sonda Langmuir, que foi projetada para estimar a densidade do plasma e suas variações, de acordo com a ISRO. Além disso, o módulo de pouso possui uma matriz de retrorefletores fornecida pela NASA, que as equipes na Terra podem usar para refletir um laser para estudos de alcance lunar, de acordo com a NASA. Dentro do módulo de pouso tem um pequeno rover também alimentado por um painel solar. Pouco depois de pousar, é esperado que ele saia da nave de desembarque para percorrer a superfície lunar e conduzir seus próprios experimentos. Isso inclui um dispositivo de espectroscopia por indução de quebra a laser e um espectrômetro de raios-X de partículas alfa. Ambos são esperados para serem utilizados para determinar a composição dos regolitos e rochas lunares no local de pouso. Tanto o módulo de pouso quanto o rover são projetados para ter uma vida útil operacional de aproximadamente 14 dias Terrestres, ou cerca de um período de luz solar lunar. Por causa das temperaturas geladas da noite lunar, não se espera que as espaçonaves sobrevivam. A partir de agora, espera-se que o módulo de pouso da índia toque o solo lunar já no dia 23 de agosto, preparando o cenário para um novo capítulo na exploração lunar do país. A missão Chandrayaan-3 é particularmente significativa já que recentemente a Índia foi o 27º país a se juntar aos Acordos Artemis liderados pelos Estados Unidos. Ao participar deste acordo internacional, a Índia demonstra seu compromisso com a colaboração e a adesão aos princípios que regem a exploração segura e sustentável da Lua e de outros corpos celestes. Por: Derek Richardson Traduzido por: Mario Lucas Kobor (Junior Bilingual Correspondent)
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