24-05-2022- A NASA diz que está modificando "wet test" para o foguete SLS (Space Launch System) antes da missão não-tripulada Artemis 1 ao redor da Lua. Isso ocorre depois de duas tentativas de testes suspensas na primeira semana de abril de 2022. Em 11 de abril, a agência informou que uma válvula defeituosa de retenção de hélio foi encontrada no estágio superior do foguete - no estágio de propulsão criogênica provisória (ICPS). Durante uma teleconferência, a NASA disse que a válvula de retenção não estava funcionando como esperado. Substituí-la requer um retorno para o Edifício de Montagem de Veículos pois não há acesso fácil à sua localização enquanto estiver no Complexo de Lançamento 39B. No entanto, para avançar com o teste de ensaio molhado, este problema ocasionou mudanças no teste a fim de garantir a segurança do equipamento de voo e exigiu uma alteração no processo de teste. O estágio de propulsão criogênica provisória (ICPS) é o estágio superior do foguete SLS. Para o teste de ensaio molhado ele terá uma participação menor no teste, enquanto o estágio principal do veículo é o único estágio que será totalmente abastecido durante o teste. Espera-se que alguns propulsores sejam transferidos para o ICPS, mas a NASA disse que somente uma quantidade mínima será transferida para alcançar temperaturas criogênicas. O teste na quinta-feira para o ensaio molhado é muito significativo pois as equipes planejam carregar e drenar o propelente na estação principal entrando nas operações finais de contagem regressiva do grande foguete. A NASA também planeja realizar algumas operações de resfriamento no estágio principal. O teste irá até a contagem final parando apenas alguns segundos antes que os quatro motores RS-25 sejam acionados para o verdadeiro voo. A equipe da NASA diz que estão confiantes, embora seja um teste modificado. Durante uma coletiva de imprensa no dia 11 de abril os engenheiros disseram que os dados coletados devem ajudar a agência a cumprir seus objetivos antes do lançamento. “Acreditamos que esta é a melhor opção para avançarmos”, disse Charlie Blackwell-Thompson, diretor de lançamento do Artemis da NASA, durante a teleconferência. “Acreditamos que seremos capazes de cumprir a maioria dos nossos objetivos de teste e obter um conjunto de dados razoavelmente bom antes do retorno.” A interface de controle de lançamento foi bem sucedida e finalizada permitindo aos engenheiros coletar dados do Lançador Móvel e da nave Orion. A questão que no final das contas causou o teste de ensaio molhado modificado foi um vazamento de hélio identificado em um encaixe de entrada na base do Lançador Móvel. O problema foi descoberto durante a segunda tentativa de teste na última semana. A válvula de entrada é crucial para o controle da pressão de hélio que proporciona hélio para os vasos de pressão revestidos, conhecidos como COPVs. As equipes que investigaram o encaixe defeituoso substituíram a válvula possibilitando assim a redução da pressão nos COPVs Após a pressurização do sistema feita pela equipe para testar a nova válvula recém substituída, os técnicos não conseguiram ver os números que estavam esperando. Outras detecções de falhas indicaram que o problema estava na parte de voo da interface provocando modificações nos testes na última quinta-feira até o foguete voltar ao Edifício de Montagem de Veículos para uma análise completa do sistema de remoção do hélio. Durante a teleconferência do dia 11 de abril, engenheiros e gerentes da NASA disseram que irão decidir os novos passos depois do teste de ensaio molhado. Seguindo o plano original, o foguete irá voltar para o Edifício de Montagem de Veículos para ficar pronto para a missão Artemis 1, que acontecerá mais para o final do verão. Não está claro se um novo teste de ensaio molhado ocorrerá após a substituição da válvula de retenção do hélio. Quando Artemis 1 estiver finalmente pronto para lançamento, terá três janelas durante os meses de verão. Essas são de 6 à 16 de junho, de 29 de junho à 17 de julho e de 26 de julho à 9 de agosto. O foguete SLS está preparado para enviar uma nave Orion sem tripulantes à Lua para passar várias semanas em uma órbita lunar retrógrada distante com a intenção de testar diversos sistemas. Com a conclusão da missão, é esperado que a cápsula volte à Terra caindo no Oceano Pacifico. Por: Theresa Cross Traduzido por: Bruno Bisca dos Santos e Enrico Bueno Bianchi (Junior Bilingual Correspondents ).
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