26-06-2021 - Como parte da área emergente de pesquisa da NASA, duas novas missões foram selecionadas para estudar Vênus através do Programa de Descoberta da NASA. As missões, a sonda atmosférica DAVINCI+ e o orbitador VERITAS, procuram compreender melhor como Vénus mudou de ser possivelmente o primeiro planeta habitável no nosso sistema solar, com oceanos e condições próximas da Terra para um “mundo infernal.” Estas missões estavam entre quatro potenciais escolhidos em seguida de um processo de revisão por pares em fevereiro de 2020 pela sua viabilidade e contribuição para a descoberta científica. "Estamos renovando o nosso programa de ciência planetária com a exploração intensa de um mundo que a NASA não visita há mais de 30 anos," disse Thomas Zurbuchen, O administrador associado da NASA para ciência, num comunicado da NASA. "Utilizando tecnologias de ponta que a NASA desenvolveu e aperfeiçoou ao longo de muitos anos de missões e programas tecnológicos, estamos a inaugurar uma nova década de Vénus para compreender como um planeta semelhante à Terra pode tornar-se uma estufa. Os nossos objetivos são profundos. Não é apenas compreender a evolução dos planetas e a habitabilidade no nosso próprio sistema solar, mas estendendo-se para além destas fronteiras aos exoplanetas, uma área de investigação excitante e emergente para a NASA". O que se espera é que a NASA destine 500 milhões por missão, cada uma com previsão de lançamento para 2028-2030, à medida que as equipes continuem trabalhando em seus planos de projeto e desenvolvimento. DAVINCI+, que significa "Investigação de Vênus na atmosfera profunda de gases nobres, química e imagem" tem como objetivo entender e determinar como o planeta se formou, se o mesmo possuiu um oceano e outros elementos contribuindo para as suas condições atmosféricas, fazendo-o ser uma "estufa" comparado a Terra. A missão também proporcionará imagens de um interesse geológico em Vênus conhecido como "Tessera", comparando as placas tectônicas continentais da Terra com as de Vênus. O Goddard Space Flight Center da NASA gerenciará o projeto com James Garvin como o principal investigador. A segunda missão é a VERITAS, que significa "Emissividade de Vênus, ciência de rádio, InSAR, topografia e espectroscopia." A sua missão é mapear a história geológica dos planetas, elevações da superfície de todo o planeta através de reconstruções em 3D da topografia e procurar por tipos de rocha, para confirmar a atividade vulcânica e se o vapor de água é liberado na atmosfera. O Laboratório de Propulsão a Jato da NASA no Sul da California fornecerá o gerenciamento do projeto com Suzanne Smrekar como investigadora principal. De acordo com a NASA, o Centro Aeroespacial Alemão contribuirá com o mapeador infravermelho e a Agência Espacial Italiana e o Centre National d’Etudes Spatiales fornecerão o radar e vão auxiliar em outras partes da missão. Além disso, VERITAS hospedará uma tecnologia de demonstração, o Deep Space Atomic Clock-2, construído por JPL com fundos da Diretoria de Missões de Tecnologia Espacial da NASA para ajudar em manobras espaciais autônomas em observações de rádio científicas melhoradas. Outra demonstração tecnológica vai estar no DAVINCI+. O Compact Ultraviolet to Visible to Imaging Spectrometer, ou CUVIS, construído por Goddard, vai performar medições em alta resolução de luz ultravioleta. Por usar um novo instrumento baseado em ópticas de forma livre, a meta é determinar a origem do absorvedor ultravioleta desconhecido na atmosfera de Vênus que é responsável por absorver quase metade da energia solar que chega ao planeta. “É assustador como nós sabemos pouco sobre Vênus, mas os resultados combinados dessas missões vão nos dizer sobre o planeta das nuvens no céu, pelos vulcões em sua superfície até em baixo no seu núcleo,” disse Tom Wagner cientista do Programador de Descobertas da NASA. “Isso vai ser como se nós estivéssemos redescobrindo o planeta.” Por: Theresa Cross Traduzido por: Carlos Eduardo Oliveira ( Junior Bilingual Correspondent ).
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