10/07/2018 No sábado, 1 de junho, um asteroide do tamanho de um pedregulho nomeado 2018 LA, foi descoberto que entraria em rota de colisão com a Terra, com impacto previsto para poucas horas depois. O evento provou que a Terra ainda está na galeria de tiro cósmica e pode ser atingida com pouca ou nenhuma atenção. Como o asteroide era muito fraco, estimava-se que ele tivesse aproximadamente 6 “pés” (2 metros) de diâmetro, o que é pequeno o suficiente para prever que ele queimaria com segurança na atmosfera da Terra. 2018 LA foi descoberto primeiro pela NASA Catalina Sky Survey, localizada perto de Tucson e operada pela Universidade do Arizona. Embora não houvesse dados de rastreamento suficientes para fazer previsões precisas antes que o asteroide atingisse a Terra - uma faixa de locais possíveis se estendem pelo sul da África, através do Oceano Índico até a Nova Guiné foram sugeridos. Uma bola de fogo brilhante foi noticiada sobre Botsuana, na África, no entardecer de sábado, o que combinou com a trajetória prevista para o asteroide. O asteroide entrou na atmosfera da Terra viajando a cerca de 10 milhas por segundo (38.000 mph, ou 17 quilómetros por segundo) em cerca de 16:44 UTC (09:44 PDT, 12:44 EDT, 18:44 hora local Botsuana). 2018 LA desintegrou-se a vários quilômetros acima da superfície, gerando uma bola de fogo que iluminou o céu noturno. O evento foi observado por várias testemunhas e capturado no vídeo da webcam. O asteroide estava quase tão distante quanto a órbita da Lua quando foi detectado pela primeira vez. Apareceu como uma sequência de uma série de imagens de exposição tiradas pelo telescópio Catalina. Os dados foram enviados rapidamente ao Minor Planet Center, em Cambridge, Massachusetts, que calculou uma trajetória que indicava a possibilidade de um impacto na Terra. Esses dados foram então enviados ao Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS) no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) em Pasadena, Califórnia, onde o sistema Scout (sistema de busca) também determinou que o asteroide provavelmente estaria em uma trajetória de impacto. Alertas automáticos foram enviados à comunidade de observadores de asteroides para obter mais observações sobre ele, e a sede do Departamento de Coordenação de Defesa Planetária na NASA, em Washington, DC. Como o asteroide era muito pequeno, foi considerado inofensivo e a NASA não emitiu mais avisos. Embora existisse algum alarme que enviaria um curto aviso apenas entre o momento em que o asteroide fosse detectado e seu impacto com a Terra, no final o tamanho do pequeno pedaço de destroços espaciais foi citado como o fator determinante para a aparente falta de aviso prévio. “Este era um objeto muito menor do que somos incumbidos de detectar e avisar,” disse Lindley Johnson, dirigente de defesa planetária na sede da NASA. “No entanto, esse evento do mundo real nos possibilitou exercitar nossas capacidades e dar alguma confiança de que nossos modelos de prevenção de impactos são adequados a responder a um potencial impacto de um objeto maior.” A pesquisa sobre o asteroide ATLAS obteve mais duas observações sobre o asteroide antes do impacto, o qual o sistema Scout usou para confirmar que o impacto ocorreria e reduziu a área prevista de impacto para o sul da África. Dados infrassônicos coletados pouco depois do impacto, claramente detectaram o evento de uma das estações de escuta implantadas como parte do Sistema Internacional de Monitoramento do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares. O sinal é consistente com um impacto atmosférico sobre o Botsuana. “A descoberta do asteroide 2018 LA é apenas a terceira vez que um asteroide foi descoberto em uma trajetória de impacto”, disse Paul Chodas, gerente do Centro de estudos de objetos próximos à Terra (CNEOS) no JPL. “É também apenas a segunda vez que uma alta probabilidade de impacto foi descoberta bem antes do próprio evento.” Cortesia do Vídeo: NASA/JPL - Caltech Por: Jim Sharkey Traduzido por: Ingrid Fernandes ( Junior Bilingual Correspondent )
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