21-06-2019 - Investigadores do Programa de Serviços de Lançamento da NASA determinaram a causa de duas falhas consecutivas de lançamento em um foguete Taurus XL em 2009 e 2011. De acordo com a NASA, as falhas de lançamento do satélite "Orbiting Carbon Observatory" (OCO) da agência em 2009 e Glorysatellite em 2011 ocorreram devido a resultados de testes falsificados e certificações pela Sapa Profiles, Inc. (SPI), conhecida hoje como Hydro Extrusion. Durante os dois lançamentos, a carenagem de carga útil, que envolve os satélites durante a sua subida pela atmosfera da Terra, não conseguiu se separar ao comando, impedindo ambas as naves espaciais de chegarem aos seus destinos orbitais e levando à sua destruição. Pesquisadores do Programa de Serviços de Lançamentos da NASA passaram vários anos investigando as falhas. Em 30 de abril de 2019, a agência espacial divulgou um resumo público atualizado as conclusões da investigação, que determinou que o material usado no sistema de separação de carga era frágil e apresentava altas chances de falha. Descobriu-se finalmente que as extrusões de alumínio usadas eram a causa principal da falha. "A NASA confia na integridade de nossa indústria em toda a linha de construção", disse Jim Norman, diretor do Programa de Serviços de Lançamento, em um comunicado à imprensa. “Enquanto nós, da NASA, realizamos nossos próprios testes nos principais componentes, não podemos testar os outros. É por isso que pagamos para que determinados componentes sejam devidamente testados pelo fornecedor. Quando os resultados dos testes são alterados e certificações falsas são emitidas, as missões falham”. A missão da OCO era estudar o dióxido de carbono atmosférico, enquanto a Glory deveria melhorar a compreensão dos cientistas sobre o clima da Terra. Ambos foram lançados com o Taurus XL, um veículo de lançamento de quatro estágios de combustível sólido que foi fabricado pela Orbital Science Corporation. Essas falhas resultaram na perda de mais de US $ 700 milhões e em “anos de trabalho científico de várias pessoas”, disse a NASA. "É fundamental que possamos confiar em nossa indústria para produzir, testar e certificar materiais de acordo com os padrões que exigimos", disse Norman. "Neste caso, nossa confiança foi severamente violada." Como resultado da investigação, cujas informações foram reportadas ao Escritório do Inspetor-Geral da NASA e ao Departamento de Justiça dos EUA, a SPI / Hydro Extrusion tem que pagar mais de US$ 46 milhões para a NASA, o Departamento de Defesa dos EUA e vários clientes comerciais por um “esquema de 19 anos”, no qual centenas de clientes receberam certificações falsificadas para suprimentos da SPI. A SPI / Hydro Exclusion também foi suspensa por contrato com a NASA. A agência espacial recomendou que a empresa seja suspensa de todos os contratos do Governo Federal. Por: Laurel Kornfeld Traduzido por: Maria Fernanda de Lima Oliveira ( Junior Bilingual Correspondent )
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